O livro de Romanos e considerado um profundo Tesouro das Escrituras,pois mostra ao ser humano a MISERICÓRDIA DIVINA,ofuscada pela falsa idéia de justiça por estar morto e morbidez por estar intoxicado pelo pecado. Mostra a necessidade desse homem convencer-se de sua impiedade e despertar-se de sua indolencia. E leva este homem ao caminho de como alcançar essa JUSTIFICAÇÃO através da FÉ...
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
A IRA DE DEUS E A PERVERSIDADE HUMANA
A IRA DE DEUS E A PERVERSIDADE HUMANA
INTRODUÇÃO
PAULO NÃO PREGOU PESSOALMENTE AOS ROMANOS,ASSIM CAPRICHOU NA EXPOSIÇÃO DAS DOUTRINAS EM SUA CARTA PARA SER SISTEMÁTICA E PROFUNDA.
ISSO A TORNA UMA OBRA PRIMA TEOLÓGICA.
É A MAIS COMPLETA OBRA SOBRE JUSTIFICAÇÃO
TODO HOMEM JUDEU OU GENTIL VIVE NUMA CONDIÇÃO DE DESESPERO E INCAPACIDADE,SENDO O PLANO DE SALVAÇÃO SUA ÚNICA OPÇÃO PARA A CURA.
O QUE NÃO PODEMOS FAZER CRISTO O FEZ,ATRAVÉS DA OBRA VICÁRIA,SATISFAZENDO A JUSTIÇA DE DEUS.
NÃO PRECISAMOS FAZER NADA,APENAS CRER QUE JESUS FEZ.
ELUCIDAÇÃO
A PARTIR DO VERSO 18 DO CAPÍTULO 1,PAULO COMEÇA EXPOR O PORQUE DA NECESSIDADE HUMANA DE SEGUIR A CRISTO.
O VIVER HUMANO PROVOCA A IRA DE DEUS E ANTES DE SABER SOBRE ESSA PERVERSIDADE,PRECISAMOS SABER O QUE É A " IRA DE DEUS "
O que é a ira de Deus e como ela é revelada?
A que se direciona a ira de Deus?
Por que a declaração da ira de Deus é importante na pregação do evangelho e testemunho?
No Novo Testamento as duas principais palavras para ira são thumos e orge.
A) Thumos é usada para descrever a ira de Deus somente no livro do Apocalipse
- Significa respirar asperamente
- Para Deus se refere à intensa indignação ou julgamento em processo
.
B) A palavra orge, que é a palavra para ira usada através do livro de Romanos
- Significa dilatar.
- Indica não um estímulo no momento de raiva intensa mas, ao invés disso, uma forte e crescente raiva ou santa revolta de Deus contra o pecado
- A lei moral é um reflexo da natureza e caráter de Deus. Portanto, Deus só poderia reagir contra o pecado com raiva, ira e indignação.
A ira de Deus pode somente ser compreendida como uma manifestação da santidade e justiça de Deus. Porque Deus é santo, Ele odeia pecado e não pode habitar com pecadores. “Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal” (Hc. 1:13). “Porque tu não és um Deus que tem prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal.
Todo o argumento do Apóstolo em sua Epístola aos Romanos é baseado no princípio de que justiça é um atributo divino distinto de benevolência. Seu argumento é: Deus é justo. Todos os homens são pecadores. Todos, todavia, são culpados, ou seja, estão debaixo de condenação.
A revelação da ira de Deus é um processo contínuo. Paulo não está simplesmente falando de atos na história mas de uma realidade presente. O contexto indica que a ira de Deus é exibida por Ele permitindo que o homem espoje-se nos seus próprios pecados para que mais adiante sejam escravos, pervertidos e destruídos pelos seus próprios compromissos para com sua autonomia.
Deus abandona pecadores obstinados aos seus egoísmos intencionais, e o processo resultante de degeneração moral e espiritual deve ser compreendido como um ato judicial de Deus.”
Paulo ensina que a rebelião obstinada contra Deus carrega sua própria punição ou sanções. A essência do pecado é deixar Deus de lado, ignorar Suas leis, forjar uma própria ética, padrão e sentido para a vida.
Para tais pessoas em rebelião (que não são objetos da graça de Deus) o Senhor diz: “Se você quer autonomia humana, se você quer viver sem Me considerar, então Eu entregarei você à sua própria tolice. Eu deixarei você cair na cova da destruição que você cavou pela sua autonomia humana.
A IRA DIVINA CONTRA A PERVERSIDADE HUMANA
Paulo diz que a ira de Deus é dirigida contra toda impiedade e injustiça. O apóstolo usa esses termos porque eles são descritivos dos dois aspectos principais do pecado:
1. Iniqüidade ou falta de Deus se referem à impiedade, falta de religião e uma completa falta de reverência por Deus.
Iniqüidade corresponde mais à primeira parte da lei. (No entanto, mantenha em mente que é iniqüidade violar a segunda parte e é injustiça violar a primeira parte da lei. “Toda injustiça é também iniqüidade e vice-versa.
” Iniqüidade se manifesta em idolatria e imoralidade. Todo pecado possui esses dois aspectos.) Uma pessoa que é ímpia não tem respeito por Deus e Seus pensamentos, palavras e ações.
O Salmista escreve: “O ímpio na sua face arrogante não busca Deus; Deus não está em nenhum dos seus pensamentos” (Sl. 10:4).
2. Injustiça se refere a toda e qualquer violação da lei moral de Deus.
Uma pessoa que não é justa é ilegal. Ele não tem consideração pelas leis de Deus e as quebra quando bem quer.
Em nossa sociedade, alguém é considerado como injusto ou imoral quando ele ou ela é um assassino, ladrão, prostituta ou estuprador — o tipo de pessoa que alguém veria na lista dos mais procurados no programa Linha Direta. Enquanto tais super-delinqüentes pecadores são na verdade injustos, alguém não deveria restringir o sentido da palavra para os assassinos em série.
Todas as pessoas que mentem, fornicam, cobiçam o que não devem, ou cometem qualquer violação da lei de Deus são injustas.
Somente pessoas que estão em Cristo e que se arrependeram são chamadas justas por Deus. A justiça deles é a justiça de Cristo imputada.
É importante reconhecer que Paulo coloca iniqüidade antes de injustiça.
A ordem é significante. Iniqüidade é a fundação lógica ou precursora para a injustiça.
Vemos esse fato mesmo nos Dez Mandamentos, onde uma crença, confiança e devoção corretas para com Deus é colocada antes do nosso amor e obrigação para com os outros homens.
Se os homens não amam a Deus eles não podem amar uns aos outros biblicamente. Se pessoas não podem respeitar o criador deles, então eles não têm razão para se preocupar com o seu próximo.
Tudo debaixo de tais circunstâncias degenera para a egolatria, pragmatismo e utilitarismo.
Sem um conhecimento bíblico de Deus, então logicamente nossa ética se torna “faça o que você quiser, só não se deixe ser pego.” Em tal sociedade todo homem se torna o seu próprio deus determinando se o que ele pensa é certo ou errado, todo homem faz o que é certo aos seus próprios olhos (Jz. 17:6).
Tal cultura está no caminho do caos e destruição.
Perceber a ordem de Paulo de iniqüidade primeiro e injustiça em segundo é muito importante hoje porque a maior parte a igreja moderna acredita que sociedades, culturas e nações podem ter reformas em áreas de injustiça sem primeiro lidar com a iniqüidade.
Evangélicos e até a maioria das igrejas Reformadas aceitaram a idéia de pluralismo político onde os negócios do Estado são tratados como uma esfera neutra fora de Cristo.
Um proeminente líder evangélico até mesmo disse a um entrevistador da PBS que ele não queria uma América Cristã mas sim uma América moral.
Tal idéia é ímpia e absurda. Por que perguntamos: alguém desejaria ser moral se Deus não existisse e nós tivéssemos progredido de um tanque de resíduos inúteis? Por que alguém deveria “amar o seu próximo” se quando morremos, está tudo acabado, não há eternidade?
A idéia completa de moral, e de certo e errado pressupõe o infinito, pessoal, triuno santo Deus das escrituras.
Se o reto, santo e justo Deus da Bíblia não existe, todas as éticas são relativas, arbitrárias, mudando e evoluindo de construções de mentes humanas finitas e falíveis.
A regra da lei historicamente compreendida não pode existir dentro de uma filosofia secular e pluralista.
É uma frustrante embora curioso assistir proeminentes líderes evangélicos debaterem importantes tópicos éticos na TV como aborto ou homossexualismo. Porque esses homens aceitam a idéia de neutralidade religiosa nos círculos públicos ou civis, eles fazem todo tipo de ginástica intelectual para provar que homossexualismo ou infanticídio é errado. Eles falam sobre valores de família, leis comuns, tradições históricas, leis naturais, dos patriarcas e por aí vai.
Como eles permanecem sobre a pressuposição de uma Constituição sem Cristo eles lutam com ambas as mãos amarradas nas costas.
Cristãos nunca podem vencer a chamada guerra cultural até que apelem para as Escrituras e falem com um autoritário “Assim diz o Senhor.” Se o Senhor Jesus Cristo não é explicitamente conhecido como o Senhor Deus da América, então a nação permanecerá iníqua, isto é, sem Cristo.
Enquanto Cristãos aceitarem a idéia de que uma nação pode ter justiça sem retidão eles não irão salgar, mas serão impotentes em assuntos civis. Eles estarão satisfeitos em sentar ao lado do secular, pragmático, não Cristão Partido Republicano e catar os farelos que caem debaixo da mesa.
Sem um entendimento Bíblico de retidão antes de justiça, os Cristãos permanecerão na periferia nos assuntos sociais, lidando com os sintomas sem tratar da própria doença.
A primeira necessidade da nossa nação é “Beijar o Filho” (Sl. 2), para reconhecer, conhecer e amar Cristo, então e somente então o retorno à regra da lei e amor bíblico entre próximos, classes e raças ocorrer. A raiz do problema é a impiedade da qual a injustiça é o sintoma.
OBSERVAÇÃO:
A importância da piedade antes da justiça pode ser vista por todas as instituições Americanas. Escolas públicas ou do Estado estão tentando ensinar ética às crianças, mas no processo elas não têm a permissão de mencionar que Deus é o próprio fundamento da ética. Senadores e congressistas fazem leis que supostamente devem ajudar a sociedade, mas essas leis não podem ser baseadas em Deus, na “religião” ou na lei bíblica. O resultado é o socialismo, a compra de voto, o olhar para a Europa corrupta, seguir a vontade de Hollywood e uma população crescentemente má. Essa charada é chamada “a regra da lei”. De maneira crescente, os tribunais na América estão fazendo leis baseadas somente no padrão ético do juiz. Se o juiz pensa que o aborto e o homossexualismo é algo normal, então ele simplesmente muda a lei. Assim que uma nova perversidade se torna aceitável a Hollywood, a mídia, os políticos de esquerda e os juízes simplesmente fazem o mesmo. Essa assim chamada “regra da lei” é tudo o que os tribunais decidem arbitrariamente num determinado momento. A verdadeira regra da lei pode ser baseada apenas no Deus infinito, pessoal, santo e triúno da Escritura, que falou infalivelmente em Sua Palavra – os 66 livros da Bíblia.
Paulo demonstra que impiedade não é um resultado de ignorância, mas, sim, do ato deliberado de supressão da verdade.
“E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm, sendo cheios de toda injustiça” (Rm. 1:28-29).
Temos a tendência de enxergar os ímpios, especialmente pessoas em lugares remotos, como pobres, almas ignorantes que não tiveram oportunidade de aprender a respeito de Deus.
De acordo com Paulo a situação é mais complexa.
O apóstolo ensina que a “consciência própria pressupõe consciência de Deus;” que ímpios simultaneamente possuem e suprimem a verdade.
Por um lado, o ímpio (porque ele é criado à imagem de Deus e porque todo fato do universo aponta para o Deus verdadeiro) possui a verdade.
Por outro lado, o ímpio continuamente suprime a verdade porque ele comprometeu-se a si mesmo estar numa posição de autonomia.
Ele quer viver a sua vida totalmente sem Deus porque é depravado e odeia Deus e Sua autoridade. No entanto, ele se aproxima de tudo na vida com “um machado para trabalhar pesadamente” contra Deus. Tudo que revela a Deus e o glorifica é sujeito ao raciocínio apóstata humano e interpretado de uma maneira que nega a Deus. Paulo ensina que todo homem é excessivamente culpado e sem desculpa porque ninguém pode com sucesso escapar da verdade a respeito de Deus. O pecado do homem é sempre um pecado contra algo bem conhecido. O homem voluntariamente escolhe ver a realidade e viver sua vida suprimindo, negando e odiando a Deus. No entanto, sua condenação diante de Deus é justa. Ele merece toda a ira de Deus que virá contra nele.
O resultado da supressão desse conhecimento por parte dos ímpios?
Paulo diz que filosoficamente os ímpios são tolos e eticamente eles são idólatras, pervertidos sexuais e perversos.
O apóstolo escreve: “Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Rm. 1:22-23).
Paulo prossegue descrevendo o vil comportamento sexual e iníquo do ímpio.
A supressão de Deus sempre envolve substituição.
Uma pessoa ou adora e serve o Deus verdadeiro ou é um idólatra
Paulo ensina que não há neutralidade.
Muitos Cristãos erroneamente apresentam ímpios como pessoas que simplesmente carecem de conhecimento. O problema deles é ignorância.
Se nós apontarmos as várias evidências para a existência de Deus eles serão capazes de chegar à conclusão correta.
Muitos apologistas até argumentam que precisamos assumir a posição de neutralidade com o ímpio e usar lógica evidências empíricas para mostrar a probabilidade da existência de um poder maior, um projetista inteligente. Mas é esse o procedimento de Paulo no capítulo 1 de Romanos? NÃO. O apóstolo diz que o problema com os ímpios não é simplesmente ignorância. É rebelião ética; eles são deliberadamente rebeldes contra o trono de Deus. Eles não são neutros; eles têm machados para trabalhar pesadamente contra Deus. Eles cimentaram propositalmente vidros pintados de rosa sobre os seus olhos. A cegueira deles é auto-imposta. Sim, é verdade que eles são ignorantes a respeito de muitas doutrinas cruciais, incluindo o evangelho; e, eles precisam da pregação do evangelho para serem salvos. Contudo, eles devem ser considerados como culpados, depravados rebeldes que odeiam a Deus, e não como inocentes.
A conseqüência lógica para o ponto anterior é que devemos expor as pressuposições incrédulas que o não-cristão usa para suprimir a verdade a respeito de Deus.
Como Van Til diria, nós queremos fazê-lo “ epistemologicamente conscientes de si mesmo.”
De acordo com Paulo, os ímpios conhecem o Deus da Bíblia, todavia, suprimem esse conhecimento e no processo criam ídolos. Eles criam uma visão de mundo anti-cristã para se conformar à racionalização para a incredulidade deles, para a supressão da verdade.
Este ponto é verdadeiro para a garçonete loira que prepara bebidas assim como para o doutor de filosofia. Algumas visões-de-mundo são cuidadosamente feitas à mão, esmeradas para serem logicamente consistente e são bastante hábeis enquanto outras não são de forma alguma bem pensadas. Mas todas as pessoas têm um sistema pelo qual vêem os fatos da realidade
Como Van Til diria, “não há fato não interpretado”. Todo fato aponta para o Deus das Escrituras. O ímpio no seu desejo de evitar encarar a realidade do Deus infinito, pessoal, da Bíblia vê os fatos através do seu paradigma descrente. Uma vez que entendemos essa verdade, podemos fazer duas coisas na nossa apologética:
1. Podemos demonstrar que o ímpio está pervertendo a evidência ou fatos em sua busca de incredulidade. Esta tática é extremamente útil quando debatemos com ateus professos, naturalistas e evolucionistas que muito abertamente distorcem a realidade para supressão da verdade
2. Nós podemos demonstrar que o ímpio é enganado por si mesmo e esquizofrênico nas suas crenças e inteligência. O ímpio, na supressão do seu conhecimento de Deus, adota algum tipo de teoria autônoma de conhecimento e interpretação da experiência. Ele ocupa uma posição de autonomia. Se ele fosse consistente, abandonaria toda ética e sentido porque uma casualidade de átomos flutuando ocasionalmente no vazio não é uma plataforma apropriada para moral ou conhecimento. Que faz então o incrédulo? Ele deve tomar emprestado da visão cristã para avaliar a realidade e argumentar contra o cristianismo. Como Van Til diria, “ele senta-se no colo do próprio pai para bater em seu rosto”. Ele deve permanecer na posição cristã para atuar no universo de Deus. Ele deve operar em termos de pressuposições que concordam com a revelação de Deus para evitar parecer como um total idiota. Por exemplo, ele deve pressupor imutáveis leis de lógica, ou absolutas éticas, ou a uniformidade da ordem criada para conduzir a ciência, formar um argumento ou fazer contribuições positivas para em sua vocação.
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