segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Resumo de Romanos ( Introdução )

                                                   INTRODUÇÃO


I . "O Evangelho de Deus e o anseio de Paulo por compartilhá-lo" ( Romanos 1:1-17 )

Nessa introdução Paulo busca uma relação pessoal com os leitores (uso de pronomes pessoais e possessivos).

Divide a introdução em 3 partes:

1. Paulo e o evangelho ( 1 a 6 )

2. Paulo e os romanos ( 7 a 13 )

3. Paulo e a evangelização ( 14 a 17 )


1. Paulo e o Evangelho ( 1:1-6 )

Por não ter fundado a Igreja em Roma

a). Apresenta suas credenciais de apóstolo e um resumo do Evangelho(apresenta-se )

δοῦλος = escravo do Senhor ( Κυρίος ) Jesus 

ἀπόστολος = chamado e enviado pelo Senhor ( Κυρίος ) Jesus

ἀφωρισμένος = separado por Deus ( Θεοῦ )

1. Humildade ( δοῦλος) , autoridade (  ἀπόστολος ) e ação divina ( ἀφωρισμένος )

Mostra a diferença de ter se separado ( ϕαρισαῖος ) para Lei e ter sido separado ( ἀφωρισμένος ) por Deus para o Evangelho ( Gálatas 1:15 separado(ἀφορίσαςantes de nascer como Jeremias 1:5 )


b). Apresenta um resumo do Evangelho ( cita o Evangelho )

Separado por Deus como apóstolo está ligado ao Evangelho ( εὐαγγέλιον )

. Proclamar de maneira normativa e com autoridade

5 pontos desse evangelho:

1. Origem ( Evangelho de Deus )

. Não foi inventado 

. Não são miscelâneas de invenções humanas

. Não é mais uma religião inventada 

- Foi revelado e confiado

- É a boa nova para um mundo perdido

- Mostra o : conteúdo,propósito e motivação

2. Autenticidade atestada nas Escrituras ( Prometido pelos profetas )

. Não era uma novidade ( v. 2 )

- O Novo Testamento é uma continuidade do Antigo Testamento

- Jesus testifica que "as Escrituras testemunham d'Ele" ( Daniel 7,Isaías 53 )

- Pedro cita o Antigo Testamento quando fala da ressurreição de Jesus e da descida do Espirito Santo

- Paulo argumenta usando as Escrituras sobre morte e ressurreição de Jesus (Romanos 3:21,1:17)

3. A essência do Evangelho ( Jesus Cristo )

A boa nova de Deus é Jesus

Todo o Evangelho está contido em Jesus

Compreendendo Jesus,compreende-se as Escrituras

Apartar-se de Jesus é apartar-se das Escrituras 

 - Como homem Ele era descendente de Davi (3κατὰ σάρκα , "segundo a carne"

    . Como filho de Davi,Paulo frisa sua messianidade

 - Através do Espirito declarado Filho de Deus(4κατὰ πνεῦμα ἁγιωσύνης,"segundo sua natureza divina"

    . Como filho de Deus,Paulo frisa sua divindade ( 1.3-4 e 9, 5.10 e 8.3, 32 )

. Nascimento : humanidade ( "tornou-se" por adoção filho de Davi,pois Jose o adotou)

    . Ressurreição : divindade "constituído"(ὁρισθέντος) Filho de Deus,pois agora Ele é Juiz

    . De Salvador(humildade) pelo nascimento Jesus é constituído Juiz pela ressurreição(poder)

    . Esse poder o qualificou para derramar o Espirito,que já faz parte do julgamento,pois quem tem o Espirito tem o selo de filiação.

Com essas referências Paulo está salientando muito mais as 2 fases do ministério :

 - Antes da ressurreição

 - Depois da ressurreição

A primeira em fraqueza ( humildade ) 

A segunda em poder ( exaltação: derramar do Espirito )

Como se anuncia o Evangelho Jesus Cristo Salvador e Senhor

4. Destino do Evangelho

Esse destino tem a ver com o apostolado de Paulo ( 5 ):privilégio imerecido

O destino são "todas as nações" ( 1:16 )

5. Propósito do Evangelho

. Propósito imediato :Obediência por fé ( 16:26 )

. Propósito final : A glória do nome de Jesus

2 . Paulo e os romanos ( 1:7-13 )

Depois de se apresentar,Paulo dirige-se aos seu leitores (7) :

Nessa cidade idólatra,Deus tinha um povo

a) Filhos queridos 

b) Santos

c) Receptores da graça e da paz ( sacerdotes )

Sobre a graça,Paulo refere-se a liberdade em Deus pela justificação

Sobre a paz,Paulo refere-se à reconciliação entre judeus e gentios no Corpo de Cristo

. Paulo agradece a Deus por eles (8)

. Paulo ora por eles (9)

. Paulo anseia vê-los (11)

Razão desse anseio : e "compartilhar"(μεταδῶ) com vocês algum dom espiritual (χάρισμα πνευματικὸν), para fortalecê-los (11) para ambos serem encorajados 





sábado, 29 de junho de 2019

ROMANOS 3

                                                   ROMANOS 3


VERSÍCULO 1 

"Que vantagem pode haver, então, em ser judeu, ou que utilidade existe na circuncisão?

"Τί οὖν τὸ περισσὸν τοῦ Ἰουδαίου ? ἢ τίς ἡ ὠφέλεια τῆς περιτομῆς?"

Paulo já havia dito que a "circuncisão"(περιτομῆς)por si , não confere ao judeu,vantagem nenhuma,mas havia uma diferença ou uma marca divina,mas que não era base para nenhuma ostentação por parte do judeu,e isso precisava ser tirado 

Paulo mostra,que essa marca que não os fazia melhores,tinha um "propósito",pois em tudo Deus tem um propósito,por isso as perguntas:1. Para remover a objeção 2.Ampliar seu motivo.

Em Efésios 2:14 Paulo mostra que havia apenas uma distinção,o que ele chama de " cerimonias muro que separa os homens entre si ("Porquanto, Ele é a nossa paz. De ambos os povos fez um só e, derrubando o muro de separação, em seu próprio corpo desfez toda a inimizade, ou seja anulou a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças, para em si mesmo c riar dos dois um novo ser humano, realizando assim a paz, )


VERSÍCULO 2 

Muita, em todos os sentidos "

"πολὺ κατὰ πάντα τρόπον"

Em "variados" aspectos. E ele começa a "outorgar" ao sacramento seu lugar de honra,mas que não é motivo de vanglória.A marca de filhos de Deus com o sinal da circuncisão,não lhes dá mérito,pois é uma marca da "graça",logo diferentes mas não superiores:

"Primeiramente, porque ao judeu foram confiadas as palavras de Deus"

"πρῶτον"(Mateus 6:33) essa palavra não quer dizer não indica ordem numérica,mas "especialmente".Os oráculos( λόγια = resposta divina,)(Atos 7:38),mas apenas lhes assegura dignidade,pois a circuncisão não tem valor em si,mas um valor que deriva da Palavra de Deus( tesouro da sabedoria)

Oráculos são:Pacto inicialmente com Abraão e sua progênie e mais tarde selado e interpretado pela Lei e os profetas

Esses oráculos foram confiados aos judeus para que guardassem em segurança,enquanto o Senhor quisesse manter sua glória naquela nação.A responsabilidade dos judeus era divulgá-los e administrá-los( é um pecado negligenciar tal responsabilidade)

VERSÍCULOS 3,4 

Sendo assim, que importa se alguns desses judeus foram infiéis? A infidelidade deles conseguiria anular a fidelidade de Deus? Absolutamente não! Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso. Como está escrito: “Para que sejas justificado em tuas palavras, e sejas vitorioso quando fores julgado”. 

Se alguns não tinham fé?

Além de mostrar que o sinal(circuncisão)era um mero sinal,isso não lhes concedia nenhuma glória,e esse orgulho não afetaria a " virtude "( ἠπίστησάν ) divina.A possível graça existente no sinal fora destruída pela ingratidão,pois uma grande parte da nação havia renunciado o pacto...

A infidelidade deles conseguiria anular a fidelidade de Deus ? (καταργήσει Θεοῦ)

Significa "tornar inútil,ineficaz".Paulo mostra que a incredulidade dos homens que a verdade divina se torne ineficaz.Aqui Paulo mostra que esse mesmo pacto foi ab-rogado pela perfídia deles.Apesar da fraqueza humana,Deus sempre é eficaz.Deus sempre prevalece.

"Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso." 

A verdade divina não se invalida pela fraqueza ou falsidade humana:"Deus enaltece sua justiça,através da nossa injustiça",pois Deus está sempre disposto a permanecer fiel,mas cumpre tudo que está em sua palavra."Deus age conforme o seu poder"

Salmo 116:11 : "Eu dizia em minha consternação: “Ninguém é digno de confiança!”

Esse é o principal axioma de toda filosofia cristã:"nada há de justo no homem".Duvidar e menosprezar a Palavra de Deus é típico deste homem injusto e mentiroso,mas Deus sempre tem um caminho para que Ele permaneça bom e justo.O antídoto da corrupção é a graça divina

“Para que sejas justificado em tuas palavras"  

A nossa falsidade e a nossa incredulidade não destoem a verdade divina,ao contrário a torna mais evidente e proeminente.

Paulo cita Davi,usando a versão mais solta da Septuaginta(grega),onde o rei mostra que por ele ser pecador,Deus sempre será justo e correto(juízos contra nós,entender como incluso as promessas seria forçar o texto).Davi está falando de pecados cometidos "contra Deus",então é de Deus que virá a sentença.Ele mostra que a nossa iniquidade realça a sua glória,assim a sua justiça o glorifica.

“e sejas puro quando fores julgar(κρίνεσθαί)”. (digno de louvor),a apalavra grega pode ser tanto ativa como passiva,embora traduzam como passivo,contrariam o texto hebraico ( que significa "limpo")( Mateus 5:40,1 Coríntios 6:1-6 )

 "a nossa injustiça ressalta de forma ainda mais nítida a justiça de Deus"

Sempre há os mau intencionados que gostam de difamar,e é contra estes que Paulo direciona suas palavras,lembrando que ninguém O difama,mas querem difamar o Evangelho.Deus não tem motivos para se ofender,pois ate no seu desprazer Deus é glorificado.

"Ira"(δικαιοσύνην) aqui é "justiça","punição"

ἀδικία (5)aqui é todo tipo de pecado

ἀπιστία (3) um pecado específico

ψεύσματι (7) pecado genérico

No versículo 6 Paulo deixa claro que o cristianismo não tem ligação com essas difamações,por a aversão paulina  e repugnância.

"Deus julgará o mundo"

Essa afirmação está baseada no poder "ativo"(eficaz) de Deus.no sentido de estabelecê-lo ( Gênesis 18:25)(Jó 34:17).Com sua "bondade" subjuga nossa impiedade dando diretriz.

A mentira citada no versículo 7 não é do justo,mas do ímpio,explicando o versículo anterior,que teria ligação com Paulo caso ele não tivesse sido alcançado e teve removido a ira ( julgamento ) divina.

Praticar o mal para que venham bens,é um vil embuste que Paulo não se sujeita a dar respostas e isso é conversa de ímpio,pois o mal só produz o mal,o fato de Deus ser glorificado com nossa iniquidade é uma ação divina e jamais do homem,dominando nossa perversidade e direciona para o seu propósito,para aquilo que é contrário às nossas maquinações,promovendo a sua própria glória.

A vereda prescrevida por  Deus para a sua passagem é a piedade,que é a obediência à sua palavra.Quem não busca essa vereda busca a desonra.

O resultado contrário dos eleitos é fruto da Providência divina.Os juízos secretos divinos devem ser honrados e não com o despudor dos ímpios,e claro até entre os ditos servos de Deus não há tal reverência...Infelizmente a doutrina bíblica é dificultada por muitas e variadas acusações,o que nos causa surpresa,não do despudor dos ímpios mas a irreverência dos ditos "justos"

"A condenação destes é justa"

A doutrina do evangelho não está ligada a tais paradoxos.A perversidade deste foi condenada de duas maneiras:

1. Essa impiedade conseguiu conquistar seu assentimento mental

2. Ao caluniar o evangelho ousaram extrair tal calúnia da mesma fonte

Paulo volta ao tema:"Temos alguma vantagem?"

Para impedir que judeus estavam privados dos seus direitos,Paulo menciona detalhes que mostram com detalhes,algumas distinções de honra pelas quais se exaltavam acima dos gentios em algum aspecto,com uma resposta diferente da que havia dito acima,visto que despoja de toda e qualquer dignidade aos que concedera acima.

Mas não há contradição,pois as diferenças eram externas e dependentes da benevolência divina e não de seus méritos.Eles nada possuíam de si mesmos e não há motivos para gloriarem-se e ele se inclui no meio destes.

Pois já temos demonstrado( προῃτιασάμεθα ) que tanto judeus como grego

O verbo grego usado aqui é forense numa acusação como uma ação judicial preparada para ser consubstancial por outros testemunhos e provas.

Paulo convoca toda humanidade para estar diante do tribunal divino,onde estamos todos incluídos numa condenação,além de uma argumentação,ele apresenta uma prova sólida e válida "estamos debaixo do pecado",ou seja merecidamente condenados como pecadores,debaixo de uma maldição em virtude do pecado.

A justiça(graça) traz a absolvição,a consequência do pecado é a condenação

Versículo 10 : "Como está escrito"(Salmo 14:1)

MOTIVOS DA INJUSTIÇA

1.  Não há quem entenda

Mostrada em sua impotência em buscar Á Deus.Sem o conhecimento de Deus a existência do homem é fútil,isso inclui as ciências e as artes.(vazias de conteúdo).

2. Não há quem faça o bem( χρηστότητα = praticar a bondade texto tirado da Septuaginta )

O homem está despido de todo senso de humanidade.Nosso melhor laço de comunhão é no conhecimento de Deus sem esse conhecimento é desunião.A desumanidade é fruto da ignorância,amando à si próprio e busca seus interesses.

3. Garganta um sepulcro aberto.Abismo devorador de homens.(Salmo 5:9) Pior que "antropófagos".Línguas cheias de engano,veneno de áspides debaixo da lingua,boca cheia de amargura e maldição,irradiando impiedade por todos os poros,mesmo com galanteios expressam veneno,mesmo que com emoção emanam maldição.

4. Citando Isaías 59:7 mostra a ferocidade que produz devastação e desolação do homem.

5. Desconhecem o caminho da paz.Acostumados à rapina não conhecem mais de forma humana  e fraterna.

6. Paulo conclui que toda impiedade emana de uma desconsideração para com Deus.Quando se olvida o temor a Deus que é essencial à sabedoria,não fica nenhum laivo de justiça ou pureza.O temor a Deus é o freio do nosso instinto perverso,sem ele é liberado todo gênero de conduta licenciosa.No Salmo 14:3 Davi afirma que a perversidade inerente do homem impede um sequer que seja justo



                             

sábado, 6 de janeiro de 2018

ROMANOS 8

A LEI DO ESPIRITO


Depois da declaração de derrota e de desespero do capítulo 7,que grande consolo é este capítulo 8: a despeito de tudo não haverá condenação para o cristão verdadeiro,pois deus jamais o abandonará,e essa transformação à imagem de Cristo acontecerá.

Em um ponto desse caminho,Deus entra e reconduz os seus.O que joão fala no capítulo 10 é confirmado aqui em Romanos 8.

Aqui Paulo escreve um dos textos considerados mais sublimes,pois apresenta o evangelho que lhe foi revelado,mostrando como ele conhece o drama da alma,drama este mostrado em bem poucas outras porções bíblicas.

É neste capítulo que a alma acende os lugares celestiais muito acima de sua relação com a lei mosáica e o nosso conflito contra o pecado,e a medida que a alma se alinha com essa luz,ela percebe que seus raios refletem a Cristo,porém a personalidade individual é preservada e ao mesmo tempo Cristo a permeia,fazendo dela possuidora dessa luz,assumindo a essência dela( 2 Pedro 1:4 e Romanos 8:29).

Numa Igreja onde a salvação se restringe ao perdão dos pecados e a ida aos céus,Paulo revela uma doutrina elevada e espiritual,que não conheçemos.

Paulo mostra que não é mais um menino,mas alguém maduro ao tratar na sua controvérsia com o judaísmo,no manuseio legal e forense de pronunciados sobre a justificação,passa para a transformação ética e espiritual do cristão,através desse novo princípio GRAÇA-VIDA.

Antes de chegar as alturas,Paulo ainda trata da vitória sobre o pecado e do contato com o Espirito Santo,citado cerca de 20 vezes nesse capitulo é a grande resposta à pergunta de Romanos 6:1,pois como uma pessoa real,ele entra em contato literal com o cristão,atua em seu íntimo,conferindo-lhe a vitória temporal e eterna,tirando-o do horrendo conflito do capítulo 7.

Apesar de várias colocações escatológicas,Paulo afirma que o espirito Santo já está em nós para nos conferir a vitória aqui,por isso essa esperança também no tempo presente...é a famosa frase "FOMOS SALVOS MAS SEREMOS SALVOS"

Neste capítulo Paulo mostra "O GRANDE DRAMA DA ALMA",de como ela está alienada de Deus devido o pecado,que por detrás dele esta o reino das trevas e o resultado é a morte eterna.

Nesse drama Paulo mostra o desespero dessa alma,sem encontrar por si mesma o retorno para Deus,sendo disfarçado pelo legalismo,cerimonias e sacramentos sem poder resolver.

Esse retorno requer uma estrada espiritual,assinalada pelos cartazes da JUSTIFICAÇÃO,DA SANTIFICAÇÃO,DA RESSURREIÇÃO e DA GLORIFICAÇÃO,tornando o cristão participante da imortalidade e com os critérios morais necessários na personalidade,que o faz HERDEIRO.

A existência humana,porém é o palco desse drama,na jornada da alma imortal no caminho de volta da sua fonte originária do seu ser,que se alienou devido o pecado(8:18-39)

Paulo apresenta aqui não uma análise teológica,mas uma descrição da experiencia religiosa


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

OS DONS SÃO PARA SEMPRE,MAS CUIDADO COM OS ABUSOS

                                 A CONTEMPORANEIDADE DOS DONS E SEUS ABUSOS


                                                                           ROMANOS 12:6-8


"εχovτes δε χαρίσματα κατά την χάριν" = Diferentes dons ( χαρίσματα ) segundo a Graça

                                                                         INTRODUÇÃO

Os dons não são meios que " autoglorifiquemos ",atitude contrária à natureza dos dons,mas isso acontecia em Corinto.Como o objetivo dos dons é a edificação,devem servir de meios para conduzir a igreja à perfeição(Efésios 4:11).( Aqui vale salientar que a tese dos cessacionistas cai,pois a igreja não atingiu essa perfeição,mesmo com a formação do Canon).Não podemos esquecer que o ambiente do exercício deles é num ambiente de amor,considerado como o maior dos dons.A idéia é alguém perguntar a si:" Como posso servir aos outros através desses dons?"

Todo membro tem uma função ou um dom,por isso Paulo usa uma metáfora: o corpo( 12:12-31)


                                                              CONTEXTUALIZAÇÃO


Paulo afirma que todo dom tem por base a Graça( "a graça que nos foi dada"),expressão já usada por ele quanto ao seu chamado em Romanos 3 e todas as funções do cristão são alicerçadas nessa premissa.

Esses dons(χαρίσματα) são proporcionados pelo Espirito e não são meras manifestações miraculosas.
Aqui ele não desenvolve cada um,pois não era o contexto de Corinto,onde precisou corrigir abusos.

Creio que os abusos não impedirão da igreja atingir níveis de expressão espirituais mais elevados,onde haverá uma unidade num alto nível de espiritualidade,um ponto elevado e mais que uma simples restauração.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

BENCAO E MALDIÇÃO

DEUTERONÔMIO 28:BENÇÃO E MALDIÇÃO OU MALDIÇÃO E MALDIÇÃO???

ESSE TEXTO É MUITO PREGADO NOAS ARRAIAS EVANGÉLICOS,ATÉ MESMO NOS ARRAIAS DAS DENOMINAÇÕES DITAS REFORMADAS....

MAS ESSA PREGAÇÃO COMETE UM GRAVE ERRO:DESCONHECER COMPLETAMENTE O QUE É LEI E A FUNÇÃO DESSA LEI,NUMA DESASSOCIAÇÃO COMPLETA DO QUE O NOVO TESTAMENTO E PRINCIPALMENTE DAS CARTAS PAULINAS EM ESPECIAL ROMANOS 7 E A CARTA AOS GÁLATAS.

ALEM DISSO HA UM TOTAL DESCONHECIMENTO O QUE SÃO AS DUAS PARTES DA BÍBLIA E SUAS FUNÇÕES.

A LEI

DOUTRINA CUJA SEMENTE FOI ESCRITA PELA NATUREZA EM NOSSOS CORAÇÕES,MAS PARA QUE ESQUECER,ELA FOI ESCRITA POR DEUS EM DUAS TÁBUAS E EXPOSTA RESUMIDAMENTE NO QUE CHAMAMOS DE 10 MANDAMENTOS.

TEM ALGO QUE É FUNDAMENTAL NESSA LEI: OBEDIÊNCIA E PERFEITA JUSTIÇA A DEUS E AO PRÓXIMO,E CLARO VIDA ETERNA A QUEM CONSEGUIR ESSE FEITO SEM OMITIR UM ITEM SEQUER,OU O MAIS COMPLICADO: MORTE ETERNA À QUEM TRANSGREDIR UM ITEM SEQUER(DEUTERONÔMIO 28,30:15-20,TIAGO 2:10).

AGORA PENSE COMIGO:QUANDO PREGO A POSSIBILIDADE DE RECEBER AS BENÇÃOS DE DEUTERONÔMIO 28 O QUE ESTOU AFIRMANDO?

POR ISSO A NECESSIDADE DE RECORRERMOS A ROMANOS 7 E OBSERVARMOS A EXPOSIÇÃO DE PAULO SOBRE O QUE É A LEI E SUA FUNÇÃO.

ROMANOS 7

" Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive? 2. Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido. 3. De sorte que, enquanto viver o marido, será chamada adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido. 4. Assim também vós, meus irmãos, fostes mortos quanto à lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressurgiu dentre os mortos a fim de que demos fruto para Deus. 5. Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. 6. Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra. 7. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. 8. Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado. 9. E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri; 10. e o mandamento que era para vida, esse achei que me era para morte. 11. Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou. 12. De modo que a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. 13. Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se manifestasse excessivamente maligno. 14. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. 15. Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. 16. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. 18. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. 19. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. 20. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. 21. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. 22. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23. mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros. 24. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? 25. Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado "

CONTEXTUALIZAÇÃO

Por todo o sexto capítulo da epístola aos Romanos, primeira- mente através do conceito do «batismo espiritual», e então através da ilustração da instituição da escravatura, o apóstolo Paulo procurara mostrar como é que o sistema da graça, longe de permitir que os seus beneficiários continuassem vivendo no pecado, exige e lhes outorga os meios para cumprirem essa essência; e isso de tal modo que todos aqueles que se convertem a Cristo, por meio da graça, não continuarão sob hipótese alguma no pecado, mas terão um a vida de santidade, que excede em muito a tudo aquilo que podia ser produzido através da observância legal, que era uma das características principais dos tempos do A.T.

Paulo também mostrou que há um a separação necessária entre o crente e o duplo principio do pecado-morte. E isso, antes de tudo, porque o crente ficou identificado com Cristo em tudo quanto foi produzido por sua morte e ressurreição, mediante a comunhão mística do Espírito Santo com o homem interior, aplicando tudo o que Cristo é a esse indivíduo . Cristo obteve a vitória sobre o pecado e sobre o reino das trevas, na cruz. O crente com partilha dessa v itó ria pela ação íntima do Espírito Santo, e não meramente através de algum a declaração forense de que agora o crente é visto por Deus sob um a luz diferente, estando ele em «correta posição» diante de Deus.
Pelo contrário, quando Cristo saiu do sepulcro, na ressurreição, já possuidor de uma nova vida, então subiu aos céus e foi glorificado (essas doutrinas neotestamentárias sempre são subentendidas dentro da doutrina da «ressurreição»). E então Cristo trouxe à luz um a nova modalidade de vida, a imortalidade, que é, necessariamente, uma produtora da santidade. Ora, o crente também participa dessa vida dos céus; e isso, um a vez m ais, fá-10 através do princípio místico da atuação do Espirito Santo, e não por causa de algum a declaração forense de que agora ele foi aceito no Amado, o Senhor Jesus, embora este último aspecto também seja uma verdade.

A graça divina, pois, dá ao crente um benefício que a lei jamais poderia ter-lhe provido, ou seja, a ação mística do Espírito Santo, identificando-o em tudo com Cristo. Essa ação, naturalmente, difere de indivíduo para indivíduo , de acordo com o valor que dão à mesma, o que depende tão-som ente da disposição da vontade de cada qual, bem como do nível resultante de consagração, que é algo que requer a cooperação da vontade humana com a vontade divina . Seja como for, entretanto, Paulo supôs que todo e qualquer verdadeiro crente, em Cristo terminará por triunfa r, tom ando-se possuidor de uma form a genuína de piedade, a qual não possuía quando ainda estava escravizado ao princípio religioso legalista, quer no judaísmo quer fora dele.

No trecho de Romanos 7 , o apóstolo dos gentios procura , através de outros meios, ilustrar com o a vida piedosa necessariamente se segue à conversão de Deus, em que o indivíduo se toma participante ativo do sistema da graça. A ilustração aqui usada por Paulo é a do matrimônio. O matrimônio, de conformidade com a interpretação judaica mais restrita (embora esse ponto de vista sob hipótese algum a seja universalmente aceito, subentendia a identificação do homem e sua mulher até à morte física.
Para finalidades ilustrativas , Paulo não pensa em qualquer separação até à morte, exceto num a separação totalmente «ilegal», porquanto, em sua ilustração, qualquer mulher que não observe o prin cípio de união, que determina «até que a morte nos separe», presumivelmente através do divórcio e de um outro casamento, é culpada de adultério. A única razão legítima levada em consideração, nesta passagem de Paulo, é a «morte».

O marido que pode morrer, assim liberando sua esposa para casar-se com outro homem, sem incorrer em culpa, representa a lei. E com isso devemos compreender a lei não como algo mau em si mesmo, mas antes, que «avulta» ou intensifica o pecado, de acordo com os termos de Romanos 5:20. A lei não oferecia qualquer vitória sobre o pecado; pelo contrário, além de mostrar do que consiste o pecado, e isso claramente, ainda provocava os homens a um a maior maldade, pois é fato conhecido que «o fruto proibido é o melhor», de conformidade com a pervertida mentalidade dos homens. Por conseguinte, a esposa, enquanto vinculada ao seu marido, que simbolicamente representa aqui o homem que está sob a lei, terá de ser escrava do pecado, ou, pelo menos, não poderá ser um exemplo digno de nota de piedade e de vitória sobre o pecado. Todavia, a liberdade que lhe é conferida de tal esposa, e o seu casamento com outro (que é Cristo) dá a essa esposa simbólica a capacidade necessária para te r um a vida santa.

De modo geral, pois, isso é que Paulo aqui ensinava, pois a igreja se tomou escrava por lei de Cristo. Contudo, o quarto versículo, que faz a aplicação da ilustração exposta nos versículos primeiro a terceiro, confunde um pouco o quadro, ao declarar que o «crente» é quem morre, ao invés da «lei», e que pouco antes fora apresentada como representação simbólica do marido que morre, assim libertando sua mulher viúva , para que case com outro. O crente morre para a lei em sentido espiritual, a fim de que possa unir-se a Cristo. Porém , embora a ilustração apareça um tanto confusa aqui, a mensagem paulina é perfeitamente clara. O fato que Paulo diz que o crente é quem morre - ao invés da lei- , talvez se deva ao fato que antes Paulo havia argumentado sobre a morte do crente para o pecado, bem como sobre sua nova vida para com um novo principio , o da justiça , ta l como se vê no começo do sexto capítulo desta epístola, que fala sobre o tem a do «batismo espiritual».

E indubitável que Paulo também tinha propósitos polêmicos nessa apresentação ilustrativa . Esta epístola aos Romanos afirma tão claramente o princípio da graça divina que é impossível a alguém perder de vista o ponto que, direta ou indiretamente, o apóstolo Paulo com batia contra o legalismo, entrincheirado nas igrejas cristãs. Pois havia cristãos que aceitavam Jesus como o Messias prometido, mas que, ao mesmo tem po, pretendiam preservar o judaísmo em sua essência, observando a cerimônia da circuncisão e guardando a legislação mosaica em geral. O concilio de Jerusalém , cuja história é narrada no décimo quinto capítulo do livro de A to s, pronunciou-se contra a idéia de pôr os gentios convertidos em servidão a Moisés. O apóstolo Paulo ansiava por preservar essa liberdade cristã , porquanto encarava a observância legalista dos preceitos mosaicos como um empecilho à vida cristã , que deve ser vivida no Espírito , qual peso desnecessário, posto sobre os ombros dos crentes. Por isso é que aqui Paulo não somente demonstra como podemos esperar um a melhor vida de santidade, com base no sistema da graça, e não com base no sistema da lei mosaica, mas também como os crentes gentios, em sentido algum , estão «debaixo da lei», visto que estão «debaixo da graça». O ra, isso é um a reiteração in d ire ta do que ele diz em Rom. 6:14. Atos 10:9

1. ( 7:1-6 )Analogia baseada na natureza do matrimônio



7 :1 : Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei Tem domínio ·...irmãos ..que conhecem a lei...» Essas palavras têm sido reputadas por sobre 0 homem por todo 0 tempo que ele vive?

 Paulo cita como ilustração um axioma: " A LEI DOMINA UM HOMEM ENQUANTO ELE VIVE "

 Essa lei é o código legal civil e religioso de todo homem como regra geral colocada por Deus,mas aplicando aqui exclusivamente ao povo judeu com tendências legalistas,porém cristãos não judeus também poderiam entender o que está incluso nessa lei.

Os judeus dominavam a Igreja Cristã de Roma,logo envolvida com controvérsias do legalismo.

A expressão "OU " mostra que Paulo estava introduzindo uma nova metáfora,após falar sobre a escravatura do capítulo 6.Essa liberdade da Lei e da vitória em Cristo são ilustradas pela metáfora da escravatura ( ou da lei do matrimônio Romanos 6:14 ).

" A MORTE SEPARA ESSE DOMÍNIO DA LEI "


7:2: Porque ο mulher casada está ligada pela lei ao seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido

O casamento e suas obrigações prende o homem até sua morte,isso sob a lei judaica ( Deuteronômio 24:2)e mostra a obrigação da mulher estar ligada ao seu marido apenas rompido pela morte.

A mulher aqui representa o cristão e o marido a Lei,sendo que a lei  provoca ou intensifica o pecado e o elemento que qualifica a transgressão e sua severidade ( Romanos 5:50 ) e Paulo aplica a lei ao pecado a morte não a justiça a vida e mesmo a Lei sendo santa traz morte ao que se colocam debaixo dela,coisa clara na experiencia humana.

O matrimônio aqui é visto como escravidão por ilustrar relações vitais:

- São uniões inquebráveis quebradas apenas pela morte
- Alicerçadas por interesses comuns com o amor e consentimento de ambos

Assim é a vida do religioso e os princípios de sua vida

- É um estado de escravidão e obrigação em um péssimo matrimonio que não pode ser dissolvido(Em Efésios 5 Paulo usa essa ilustração novamente)


7:3: De sorte que, enquanto viver  marido, será chamada adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido.

A posição de Paulo sobre o matrimonio é duríssima,pois uma mulher não pode ter duas lealdades simultâneas( um escravo não pode ter dois senhores ).

Na visão de Paulo o divórcio e um outro relacionamento a tornaria adúltera.

Numa aplicação Paulo está dizendo,que a Lei morreu para cristão e o cristão para a Lei.
Essa lealdade a Cristo garante a santidade.
Essa união é voluntaria,administrada,desenvolvida,levada a efeito e consumada pelo Espírito Santo dentro do cristão.

Esse matrimonio espiritual é superior por ser o amor sua influencia orientado,sendo a obediencia frutos de uma devoção espontanea.

A Lei era um marido severo,que espera muito e em nada ajuda,logo não havera amor por ela e a obediencia é apenas por obrigação.

A conversão é viso por Paulo é vista como um novo casamento com novas responsabilidades,as quais não responsabilidades morais apenas,mas na voluntariedade,efetuadas pela força espiritual do Espirito Santo.

O amor é derramado em nós e nos capacita a seguir a vereda ética de maneira rápida e fácil,sendo o caminho mais excelente da ação e da conduta diária


7:4 Assim também vós, meus irmãos fostes mortos quanto à lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressurgiu dentre os mortos a fim de que demos fruto para Deus.


Paulo segue na ilustração,mas mudando ou enfatizando quem morre...neste versículo quem morre é o cristão.

- Não existe libertação se não houver morte

- Somente a morte dá a liberdade e legitimidade de um outro vínculo

- A morte põe fim ao direito e a  autoridade da Lei

- Paulo usa a morte do cristão para não ferir tanto o judeu,por isso não diz que a Lei morreu


7:5: Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.


Nosso primeiro matrimonio foi com Lei,caracterizado pela vida levada " SEGUNDO A CARNE ",no velho homem ( natureza não regenerada )

CARNE aqui ( Romanos 6:19)ou seja corpo humano,mas controlado pelo princípio do pecado( romanos 6:6),onde nada de bom habita ( Romanos 7:18,8:8 )..." na carne "(sem regeneração)," no espirito" ( regenerados )

"PAIXÕES PECAMINOSAS" o corpo como veículo do pecado deleita-se em produzir obras pecaminosas,ou seja "estar debaixo da lei! é estar vivendo segundo a carne ",o que decreta a pena de morte.A lei é a provocação,pois o homem gosta de coisas proibidas.

" παθήμα τα των aαμρτιων " Desejo,impulsos ou pendores dominados pelo pecado,despertado pela lei que proíbe tais ações,logo mais atrativos para a mente pervertida.

Essa lei não é salvadora mas Juiz,que agrava o pecado e exige a morte como penalidade

O cristão sério deve ficar longe da Lei e fixar os olhos em Cristo,relacionando-se através do Espirito Santo,única forma de obter vitória sobre o pecado e salvação da "morte-pecado"

μελεσιν = membros ( corpo ),são usados como veículos de expressão.

Esse corpo aqui é neutro,mas é esboço material dos homens,passando a ser esboço de habitação do Espirito com finalidades santas.
O corpo é a sede dos apetites emocionais que satisfazem ao EGO,que provoca a morte e usurfrui sozinha desse corpo


7:6 : Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra

Paulo volta a analogia da escravidão como o escravo sujeito ao seu senhor,e a lei com suas com suas provocações escraviza sujeitando ao duplo principio Pecado+Morte.

Usando mais uma vez a metáfora do matrimonio fala da servidão,onde se vive como escravos e se presta serviços como escravos.

A noiva não pertence mais a si mesma,fato abençoado,poderoso,prático e que vale a pena meditar sobre.
A lei só provia o que era necessário para se condenar o desobediente e nenhuma provisão para quem queria obedecer.É nessa nova luz,a do Espirito que se deve aceitar,praticar e descobrir novas relações.
Agora como escravos livres o cristão recebe as virtudes da vida,sua obrigações absolutas,liberdade íntima e nova


2. ( Romanos 7:1-13 ) A função da Lei



Romanos 7:7

Para os fanáticos judeus,tano faz Paulo estar coma  razão ou não,para eles isso era coisa diabólica.
" Se a verdade nos fere,fere muito mais a quem fala "
" O menos átomo da verdade é labor e agonia amarga... "
O maior inimigo da verdade é o tempo,e o seu maior inimigo é o preconceito,e o seu companheiro constante é a humildade.Se alguem encerra a verdade,o dia em que ela nasce com tanta força que arrebenta tudo que estiver ao seu redor ".

Por isso Paulo diz " Que diremos pois...."

Para os judeus Paulo estava dizendo isso,mas eram verdade nunca abordadas pela teologia da sua época,e assim ele propicia um ofício e função da lei.

" De modo algum ",,,, Expressão usada 10 vezes em Romanos.
Ela não é pecado,mas revela em que consiste o pecado,pensamento presente em Romanos 3:20.
A lei mostra as horrendas profundezas da natureza humana e alienação que ele esta de Deus,e aqui ele começa a contar a sua propria experiencia e o conflito intenso contra o duplo princípio PECADO-MORTE.
Porém esse " eu " representa toda a humanidade e de maneira especial os judeus que tanto primavam em cumprir a lei.

Por isso Romanos 7 é um problema para todo teólogo,pois de quem Paulo estava falando:

Um judeus antes da conversão?
Qualquer pessoas consciente ?
Um cristão que tenta se livrar do pecado?

Talvez o texto aponte para as tres situações por estar em foco a luta entre o bem e o mal,é o que veremos no versículo 14.
Alguns versículos falam do homem não regenerado e outros ao homem regenerado.

Observando Êxodo 20:17 e Deuteronômio 5:21,vemos os efeitos negativos da lei em que ela não nos pode ajudar nessa luta e nem nos dar a vitória,escolhendo o décimo mandamento como exemplo,referindo-se ao simples desejo de possuir ao que é proibido ou seja,se não tivesse a lei a cobiça não seria conhecida,levando o homem a defrontar com a verdade do pecado.O simples desejo já é pecado.
A lei não consegue levar-nos ao arrependimento,logo nem a paz e nem ao perdão.

Romanos 7:8

A ênfase do versículo anterior é mostrar que a Lei revela a verdadeira natureza do pecado,principalmente a natureza dele.Conhecimento que mostrará o quanto ele está aquém do que Deus requer.(Mesmo Agostinho mostrando através da doutrina da depravação total e Paulo mostrando a função da Lei o arminianismo ainda defende que o homem pode escolher,por ter algo de bom nesse homem )

A Lei também desperta no homem o desejo de praticar o proibido,desejo comum nesse homem perverso e decaído.

"Tomando ocasião pelo mandamento..." O pecado usa a Lei como sua base de operações.Paulo mostra que ele dá início,numa ideia de que algo vai começar(ponto de início),como também base dos recursos.

Mais uma vez a Lei está ligada a questão pecado-morte,não tendo a ideia de libertação,defendida pelo judeus.Essa ideia paulina era  para judeus era uma blasfêmia ou seja o pecado que tanto mal faz age tendo por base a Lei,buscando nela seus suprimentos e recursos.

É incrível como até hoje esse pensamento é um absurdo para os cristãos legalistas,mas que na prática Paulo está correto.

" Despertar " aqui é mais do que no português significa,pois a Lei não apenas desperta,mas também faz acontecer,ou seja o mandamento que me proíbe cobiçar me tornou um cobiçoso.A Lei desperta a curiosidade pervertida do homem,controlando a mente e levando o homem a fazer algo que antes ali estava mas não foi despertado.

Tudo que é proibido,desperta o homem e o faz ter criatividade para praticar ou ter e como o proibido traz a ideia de podar a liberdade,a concupiscência age com mais violência,trazendo toda forma de desejos.

Entre os variados "desejos" a Luxúria é uma delas,que age como um animal feroz e se irrita por suas algemas.(Estou escrevendo sobre "PARAFILIA= PARA(FORA)+FILIA(AMOR),ou seja AMOR FORA DO PADRÃO,ou DESVIOS SEXUAIS...exemplo PEDO(CRIANÇA)+FILIA(AMOR)= AMOR DESVIRTUADO POR CRIANÇAS.Existe uma lista de mais de 600 parafilias).

"Porque sem lei está morto o pecado..." Essa frase não é no sentido absoluto,pois ante já havia mostrado que com ou sem lei os efeitos mortais viriam sobre a humanidade(3:1-20 e Capítulo 5),vindas de Adão,o que ocorria antes da Lei.Paulo faz essa afirmação em termos comparativos ou seja,aquilo que estava dormindo despertou com a Lei.
No livro O Peregrino,clássico cristão,mostra muito bem a luta do cristão contra o pecado,depois da mente iluminada

Romanos 7:9

Uma declaração obscura de Paulo.

Será o estado feliz,após a conversão onde ele acha ter vencido a batalha contra o pecado,interrompido pelo princípio pecado-morte demonstra novamente seu poder?

Refere-se ao estado anterior a regeneração?

Refere-se a humanidade após a queda e antes da Lei Mosáica?

Refere-se a sua vida no farisaísmo?

Nenhuma das explicações não são satisfatórias,porém parece estar referindo-se à quem é treinado sob a lei,numa vida ilusória,embora a morte fosse bem real e reconhece sua real situação diante de Deus e ele morre para sua suposta vida.

Paulo traz uma palavra à todos os legalistas,baseado na sua experiencia que a Lei não pode ser o salvador deles e que a vida que supostamente ela oferece é uma morte disfarçada.

A Lei autoriza o pecado a matar,embora muitos não percebam.Paulo reconhece ser um homem morto e não que naquele momento havia morrido espiritualmente.

A Lei pôe fim à nossa aparente vida e mostra o princípio de pecado-morte


Romanos 7:10


Esse versículo é uma extensão do anterior,confirmando a interpretação do mesmo.

O mandamento prometia vida para quem o guardasse(Levítico 18:5,Romanos 2:3) e em Gálatas 3:12 vemos a inutilidade da Lai ao prometer isso,pois se  um sistema legal pudesse trazer vida ele teria vindo num sistema legal,Paulo então foge para a graça porque isso é impossível(Efésio 2:8).

Moisés cria na lei,mas infelizmente ele estava equivocado e Paulo não ameniza isto causando  até uma antipatia por parte dos judeus,mas não nos assusta,pois a questão legal não morreu e até hoje não morreu no seio da Igreja.

Paulo era fariseu e seguiu a risca a lei e percebeu que nada adiantou,assim o que era para ser promessa de vida tornou-se fraudulenta após sua conversão.

Em 2 Coríntios 3:7-9 mostra que a lei foi um ministério de morte.
Ao expressar " esse mesmo mandamento ",Paulo estava falando "essa mesma vida "(prometida),foi a que levou a morte física e espiritual,pois o salário do pecado é a morte.

Porque isso acontece:

A lei exige uma justiça perfeita por parte dos homens e isso ninguém consegue.

A vida eterna também exige uma justiça perfeita e por meio de uma fé legalista e sacramental,ninguém tambem consegue,algo que só o Espirito Santo pode fazer por meio da fé no interior do homem com base legal no sacrifício de cristo.

Ninguém pode entrar na presença de Deus se não for perfeito e isso por meio da lei não se consegue,é só uma promessa....por meio de um decreto de forense estarmos em Cristo,isso ocorrerá não somente posicionalmente mas na realidade,que começa aqui e ese entende pela eternidade.
A morte nos livrará da presença do peca,mas o revestimento de Cristo entrará na eternidade,o que é chamado de glorificação.( No capítulo 8 Paulo mostra isso).